terça-feira, maio 06, 2008

Resumo da AF de 23-04-2008

Notícias sobre a Assembleia de Freguesia de Cacilhas, que reuniu em sessão ordinária no passado dia 23 (4.ª feira) de Abril:

Estiveram presentes apenas quatro pessoas no público (duas das quais saíram a meio) e que não quiseram intervir. Este é, de facto, um problema que, em Cacilhas, merecia mais atenção dos membros da Assembleia de Freguesia, ou seja, como cativar o público para participar nas sessões, já que é bastante confrangedor este alheamento. Dever-se-ia reflectir, seriamente, nas razões que levam as pessoas a não se interessarem por aparecer nas reuniões da AF, nem sequer as associações e colectividades. Importante seria, também, conhecer o que se passa nas outras freguesias, trocar experiências, e estudar formas alternativas de motivar a população.

No “Período de Antes da Ordem do Dia” apareceram nove Moções:

Do BE
Em Defesa do Serviço Nacional de Saúde – aprovada por unanimidade.
Requalificação da Rua Cândido dos Reis – aprovada por unanimidade.
Segurança Rodoviária na Av.ª 25 de Abril – aprovada por unanimidade. Tendo sido decidido, ainda, que a mesma iria ser apresentada na próxima Assembleia Municipal.

Do PS
Saudação ao Tratado de Lisboa, do PS – aprovada por maioria;
Extinção da “Comissão de Requalificação da Freguesia de Cacilhas” – foi retirada, após ter sido acordado agendar uma reunião da comissão (que já não reúne à mais de seis meses) para esta, internamente, discutir o assunto e, depois, apresentar as conclusões na próxima reunião de Junho.
Sobre este assunto lamentei que se tivesse chegado a esta situação de completa inoperância. Acrescentei que estava, deveras, preocupada porque algo estava mal na AF de Cacilhas pois nenhuma comissão consegue ir avante, apesar de todos dizerem que são importantes, e sugeri que fosse encetada uma reflexão séria sobre o assunto.
Saudação ao 25 de Abril – não tinha parte deliberativa e o PS pretendia assumia-la como uma tomada de posição do partido pelo que foi intransigente quanto à sua transformação num documento mais abrangente, acabando por retirá-la.

Da CDU:
1.º de Maio – aprovada por maioria.
Saudação aos trabalhadores do Arsenal do Alfeite – aprovada por maioria.
34.º aniversário do 25 de Abril – aprovada por maioria.

No “Período da Ordem do Dia” as minhas intervenções foram as que constam dos documentos que já aqui apresentados.

Acta da sessão anterior – Aprovada por maioria, com as alterações por mim sugeridas.
Contas de 2007 – Aprovadas por maioria.
Quadro de Pessoal – Aprovado por maioria, com as alterações referentes à clarificação dos lugares de cantoneiro (são três e não quatro, dois vagos – pessoal a ser reclassificado em operário qualificado) e na condição de ser feita a adaptação ao novo regime e apresentada nova proposta à AF brevemente.
1.ª Revisão Orçamental de 2008 – Aprovada por maioria.

Apesar de ter terminado já passava da 1h da manhã, esta até acabou por ser uma sessão relativamente calma, sem incidentes dignos de nota (apesar de umas pequenas picardias entre a CDU e o PS).

Os discursos introdutórios do Presidente da Junta sobre cada documento, as intervenções dos membros da AF (as mulheres dominaram a sessão: a Odete, do PS, e eu própria – que continuo a ser a única a levar as intervenções por escrito) e, depois, as explicações do executivo e novas intervenções e/ou pedidos de esclarecimento, levaram a que a reunião se prolongasse até tão tarde, gerando um único momento de tensão por volta das 23h30m quando se previa que os trabalhos iam terminar muito além das 24h.

O PS queria encerrar os trabalhos e marcar nova sessão mas a CDU não concordava. Consultado o regimento, avançou-se com uma proposta de prolongamento da sessão que foi aprovada por maioria (o PS acabou por não votar sequer – uma atitude um pouco incompreensível até porque passaram o tempo, a partir daí – sobretudo o José Grosso, a dizer que gostava de saber como era possível obrigar uma bancada a ficar na assembleia contra sua vontade). E com isto perdeu-se cerca de 30m.

Reclamei por se estar a apressar a discussão dos documentos não permitindo que os assuntos fossem, de facto, discutidos, embora eu levasse todas as questões por escrito e elas acabassem por vir constar da acta mesmo que não tivesse tempo de as expor verbalmente. Por isso, caso não fosse possível obter resposta às perguntas por mim colocadas agradecia que o executivo o fizesse, mais tarde, por escrito.

Mais uma vez, o PS voltou a insistir (a quando da aprovação da acta da sessão anterior) no “exagero de legalismos” e no que isso fazia perder tempo que podia ser para “discutir Cacilhas” – logo o PS que prefere andar com questiúnculas com a CDU e faz desse confronto a questão primordial da sua actuação na AF.

Não costumo entrar em diálogo com pessoas que não têm coragem de se me dirigir e preferem lançar indirectas, sobretudo quando é notória a sua ignorância sobre as matérias em apreço. Aquilo que escrevi sobre a Acta até pelo executivo foi reconhecido como sendo grave. Lamentável é que estes lapsos sejam constantes.

Finalmente tenho a informar de que, resultado de uma proposta do BE (já de quase há um ano), a AF de Cacilhas vai, finalmente realizar um ciclo de debates sobre “Cacilhas – presente e futuro”:
Dia 17 de Maio – Comércio, turismo e património cultural;
Dia 11 de Outubro – Requalificação urbana e mobilidade;
Dia 15 de Novembro – Saúde e Terceira Idade.

O primeiro será realizado na Escola Cacilhas – Tejo, pelas 15h, e o Presidente da AF (moderador da sessão) informou na reunião de dia 23, que já foram enviados os convites aos oradores: Vereador António Matos e Luís Henriques, Presidente da Associação de Comerciantes.

O modelo por nós aprovado (CDU, BE, PS e PSD) foi consensual: na Mesa ficam apenas as três pessoas atrás referidas. O Presidente da Junta, como anfitrião, faz a apresentação da sessão mas não fica na Mesa, e os representantes dos partidos estarão no público sendo o seu papel o de questionar os oradores e tentar dinamizar o debate com a população.

1 comentário:

100smog lda. disse...

incisivo e interessante