sexta-feira, novembro 21, 2008

Moção de Solidariedade com Trabalhadores Precários da CMA


Considerando que:

1) Em 24-09-2008, esta Assembleia de Freguesia aprovou, por unanimidade, uma Moção contra o trabalho precário na Administração Pública Local tendo sido deliberado, nomeadamente, recomendar à Câmara Municipal de Almada que, caso existissem trabalhadores nessas condições (avençados, tarefeiros e contratados a termo resolutivo), deveriam os respectivos serviços de recursos humanos «dar início, o mais breve possível, aos adequados procedimentos de integração»;

2) Segundo dados oficiais do Balanço Social de 2007, exerciam funções na CMA, em 31-12-2007, 68 contratados a termo e 66 trabalhadores em regime de prestação de serviços;

3) Em 27-10-2008, a Direcção Municipal de Administração Geral da CMA emitiu uma informação esclarecendo que, naquela data, a autarquia tinha, afinal, 73 trabalhadores com contrato de trabalho a termo resolutivo e 120 prestadores de serviços (61 avençados e 59 tarefeiros);

4) No curto período de dez meses (Janeiro a Outubro de 2008), a taxa de precariedade na CMA subiu 44%, em termos globais, e 82% entre os colaboradores em regime de prestação de serviços;

5) Existe, na CMA, pessoal contratado em regime de prestação de serviços há vários anos consecutivos, cumprindo horário de trabalho e obedecendo à hierarquia e disciplina dos serviços, como assim o denuncia a respectiva Comissão de Trabalhadores no seu comunicado de 07-10-2008;

6) A CMA, numa clara violação do disposto no artigo 124.º do Código do Procedimento Administrativo (sobre o dever de fundamentação), já começou a enviar cartas de rescisão contratual a alguns daqueles avençados sem, contudo, lhes apresentar qualquer justificação para o efeito e contrariando a promessa feita pela vereação à CT, como se pode ler no comunicado de 21-10-2008.

A Assembleia de Freguesia de Cacilhas, reunida em sessão extraordinária no dia 20 de Novembro de 2008, delibera:

a) Solidarizar-se com todos os trabalhadores da CMA que se encontrem em situação de precariedade, nomeadamente os “falsos recibos verdes”;

b) Sugerir à CMA que equacione a possibilidade de revogar os despachos de rescisão entretanto já emitidos;

c) Recomendar à Câmara Municipal de Almada que, à semelhança da solução encontrada para os precários na Câmara Municipal de Lisboa, aprove a criação de um Tribunal Arbitral para, em conjunto com os Sindicatos e a Comissão de Trabalhadores, se proceder à justa integração de todos quantos satisfaçam os requisitos que venham a ser estabelecidos.

Enviar a:
Câmara e Assembleia Municipal.
Comissão de Trabalhadores da Câmara Municipal de Almada.
Serviços Municipalizados.
Delegações Locais do STAL e do SINTAP.

Afixar nos locais de estilo da freguesia (apenas texto da moção sem documentos anexos).

Cacilhas, 20 de Novembro de 2008
Maria Ermelinda Toscano (Representante do Bloco de Esquerda)

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